domingo, 23 de maio de 2010
" FESTIVAL DOS FESTIVAIS "
Direção: Roberto Talma
Produção: Vitor Paranhos
Organização, produção musical e direção do concurso: Solano Ribeiro
Período de exibição: 10/08/1985 – 09/11/1985
Horário: diversos
Periodicidade: semanal (sábados)
- Festival dos festivais foi uma realização da Divisão de Eventos Especiais da Rede Globo para comemorar os 20 anos da emissora. Nove pequenos festivais regionais de música foram produzidos em todo o país. As duas primeiras colocadas em cada fase concorriam à final. Os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo indicaram cinco músicas cada.
- A organização do evento ficou a cargo de Solano Ribeiro, um dos responsáveis pelos grandes festivais de MPB das décadas de 1960 e 1970. Ele ficou à frente da organização, produção musical e direção do concurso, respondendo pela seleção dos 48 concorrentes e pela escolha do júri e dos intérpretes – uma vez que os candidatos selecionados tinham suas composições cantadas por músicos já consagrados da MPB. Cerca de 12 mil compositores se inscreveram para disputar o prêmio em dinheiro – melhores músicas, arranjo, letra, intérprete e revelação. A apresentação do festival coube ao jornalista, compositor e crítico musical Nelson Motta. E a jornalista Glória Maria se encarregou das entrevistas realizadas nos intervalos do evento.
- Além do festival propriamente dito, a TV Globo exibiu, entre 28 de abril e 27 de julho de 1985, uma série de seis documentários mensais sobre os festivais de MPB realizados entre 1965 e aquele ano, com direção geral de Nilton Travesso e roteiro de Ricardo de Almeida. Foram eles: Da bossa ao arrastão, Banda x Disparada, Onde estava o samba, O tropicalismo, Sinal fechado e A segunda geração. Os programas, divididos em fases, não tinham uma preocupação cronológica e misturavam números musicais, depoimentos e imagens de arquivo.
- As datas das eliminatórias e suas respectivas regiões foram as seguintes: 10 de agosto, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá e Pará; 17 de agosto, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal; 24 de agosto, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte; 31 de agosto, Bahia, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo; 7 de setembro, Minas Gerais; 14 de setembro, Paraná; 21 de setembro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; 5 de outubro, São Paulo; 12 de outubro, Rio de Janeiro. As semifinais foram realizadas nos dias 19 e 26 de outubro e a final no dia 9 de novembro, todas sediadas no Rio de Janeiro.
- O ginásio do Maracanãzinho, na zona norte do Rio, foi o palco da final, onde concorreram Caribe, calibre: amor, de Jorge Pontual e Roberto Mendes; O condor, de Oswaldo Montenegro; O dono da terra, de Renato Corrêa e Nair de Cândida,defendida pelos ABELHUDOS .
Elis, Elis, de Estevan Natolo Jr. e Marcelo Simões; Os metaleiros também amam, de Carlos Mello e Ayrton Mugnaini; Mira ira, de Vanderlei de Castro e Lula Barboza; Novos rumos, de Rossini Ferreira e Ana Ivo; A última voz do Brasil, de Próspero Albanese, Armando Ferrante, Tico Terpins e Zé Rodrix; Tempo certo, de Ubiratan de Souza; Vamp neguinha, de Cid Campos; Verde, de Eduardo Gudin e Costa Neto; e a vencedora, Escrito nas estrelas, de Arnaldo Black e Carlos Rennó.
A intérprete da canção vitoriosa, Tetê Espíndola, ganhou notoriedade com o festival. O segundo lugar ficou com a música Mira ira, e o terceiro, com a canção Verde.
- Os outros prêmios foram para: letra – A última voz do Brasil; arranjo – Mira ira; intérprete – Emílio Santiago, por Elis, Elis; e revelação – Leila Pinheiro,
por Verde. O júri era formado pela cantora Rita Lee, o saxofonista Paulo Moura, o crítico musical Tárik de Souza, o repórter e apresentador Marcelo Tas, a atriz Malu Mader, o músico Arthur Moreira Lima, o jornalista Sérgio Cabral e o empresário Ricardo Amaral. O Festival dos festivais produziu um disco com as doze músicas finalistas.
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